Thursday, 17 August 2017

Os nômades se mudam: no rastro dos Przewalski/ Like nomads, we move on! Off to find the Przewalskis!

So...Naadam ended, we gotta pack our belongings and, like true nomads we are, move on. Now to another much waited for part of the trip: Hustai Nuuru reserve. It is a nature park, with circa 50,000ha, lots of wildlife, but the main attraction to me: the Przewalski horses! The history of Przewalski horses is that they were extinct on the steppes since the 1960´s. They existed only in zoos, which developed a plan to re-introduce them to their natural habitat. The program has been very successful, and today there are from 400 to 500 horses in the reserve. They have also the red deer, marmots, other rodents, many birds and also plant species. We stayed on a ger camp on the outskirts of the park, and then we went with our guide and driver, off to capture (with our cameras) the Przewalski!!! It took a while to find them, but on a rocky hill, there were they, and I dare to say they were enjoying their fame well, showing off to the cameras. Of course we don´t approach much, we use the zoom, but I had the sensation that, if I had a carrot handy, the magic could have happened. We drove back and there was another small herd, drinking from a stream, which gave us more wonderful pictures and films. The ger camp was also our base to explore the ancient Mongol Empire capital, Karakorum...or what is left of it. Only the stone turtles now testify what was the capital, in which place stays now the Erdene Zuu Monastery, which according to the museum on the surroundings, was built with stones left when Karakorum was destroyed, in 1380...by whom? It could only be the arch-enemies of the mongols, the chinese...The monastery is huge, actually a world heritage site, and dedicated to the Dalai Lama. Also, you can find souvenir shops, take a picture in mongol typical clothing, and hold a golden eagle in your hand. After visiting Karakorum, we drove to another ger camp, to reach new nomadic stays.






 Com o Naadam findo, agora era levantar acampamento e, como verdadeiros nômades, seguir adiante. Agora, para outra parte muito aguardada desta viagem: a reserva Hustai Nuuru.É um parque natural, com cerca de 50,000ha, muita vida selvagem, mas para mim, a atração principal foram os cavalos Przewalski! Sua história é que eles estavam extintos nas estepes desde os anos 60. Existiam apenas em zoos, os quais desenvolveram um plano de reintroduzi-los em seu habitat natural . Tão bem sucedido, que hoje há de 400 a 500 cavalos na reserva. Lá há também: cervo vermelho, marmotas, outros roedores, muitos pássaros e plantas. Nossa hospedagem foi um ger camp na borda do parque. Largamos nossas coisas e lá fomos, com motorista e guia na captura (com nossas câmeras) dosPrzewalski!!! Levou um tempinho para achá-los, até que, numa encosta rochosa, lá estavam eles, e ouso dizer que estavam aproveitando bem sua fama, e se mostrando para as câmeras! Não deu para chegar muito perto, só com o zoom, mas tive a sensação de que se eu tivesse uma ou mais cenouras, eles teriam vindo. Voltamos em direção ao campo, e encontramos outra manada bebendo água num arroio, o que nos reundeu mais maravilhosas fotos.  O ger camp foi também nossa base para explorar a antiga capital do Império Mongol, Karakorum...ou o que restou dela... Apenas as tartarugas de pedra que demarcavam os limites da cidade ainda restam da capital, em cujo lugar está o Mosteiro Erdene Zuu, que, de acordo com o museu nas imediações, foi construída com pedras deixadas quando da destruição de Karakorum pelos chineses, em 1380. O mosteiro é enorme, considerado patrimônio da Humanidade, e dedicado ao Dalai Lama. Perto havia lojas de souvenirs, pode-se tirar foto em trajes mongóis ou com uma águia dourada. Após visitar Karakorum, fomos para outro ger camp, para novas aventuras nômades.












Thursday, 10 August 2017

Naadam: bigger than life!/ Naadam: maior que tudo!

So we left the nomads and prepared to watch the Naadam opening ceremony. But first something special waited for us: the statue of Genghis Khan! It is considered the biggest statue in the world of someone on horseback. It is said it is 40m high. Inside the base, there is a small museum and souvenir shps, and a lift through which we can go to the top of the horse´s head. They are planning to transform into a theme park, and there are already statues of his generals. To me, that know the history, it lacked the general´s names. I write this because they were very important part of Genghis conquests. If he had not chosen them based on their merits, maybe history would not be the same. And a funny note: there was a group of people with a photographer shooting pictures of a wedding!!! I thought this because, here in Brazil, people take wedding pictures at their towns´ attractions. Then after one hour drive, we arrived at the capital, Ulaan Baatar. This means "red hero" and refers to the General Sukhbaatar, who freed the city from Chinese rule in 1924. (after that the coutry fell into Soviet rule, but that is another history...). Around 1 million people live there (counting with the outskirts). It was founded 1649, and it was a nomadic capital (!!!) until 1778, when it settled at its current location. We rested at the hotel and had a walk downtown, to discover modern buildings, the beautiful Genghis Khan Square, and the traffic that is busy at the rush hour. In the evening, we watched a music and fireworks show at the square. The morning after, we returned there to watch the Naadam´s opening ceremony. 


Assim, deixamos os nômades e nos preparamos para assistir a cerimônia de abertura do Naadam. Mas antes, algo especial nos esperava; a estátua de Genghis Khan! É considerada a maior estátua equestre do mundo, com 40m de altura. Dentro da base, há um pequeno museu, lojas de lembranças e artesanato, e um elevador pelo qual se sobe até a cabeça do cavalo. Planeja-se transformar a área num parque temático, e já há ali estátuas de seus generais. Uma pena não constar o nome deles nas estátuas, pois acho que foram parte importante das conquistas de Genghis. Sem eles, a história não seria a mesma. E vimos uma cena engraçada: um casamento que estava, com os padrinhos, tirando fotos com a estátua como pano de fundo!!! Achei graça porque no Brasil, também é costume tirar fotos de casamentos nos pontos turísticos ou marcantes das cidades. Então, após cerca de uma hora de carro, chegamos à capital, Ulaan Baatar. O nome siginifica "herói vermelho" e se refere ao the General Sukhbaatar, que livrou a cidade do domínio chinês em 1924. (após isto, o país caiu sob o domínio soviético, mas isso é outra história...). Lá vivem cerca de 1 milhão de pessoas (contando com a periferia). O ano de fundação foi 1649, e UB foi uma capital nômade (!!!) até 1778, quando assentou em sua localização atual. Descansamos um pouco no hotel e fomos andar no centro, para ver que a cidade tem prédios modernos, a bonita praça central chamada Genghis Khan Square, e o tréfego na hora do rush. à noite, houve um show de mpusica e fogos de artifício. Na manhã seguinte, fomos para a praça de novo para assistir à abertura do Naadam. 







Before we proceed to the opening, it is important to explain what is Naadam. It is a national festival that commemorates Genghis Khan but also the independence of Mongolia from China and Manchuria. There are competitions of the so-called "three manly sports", archery, horse racing and wrestling. Nowadays, women can compete in all of them but in wrestling. The festival begins with a ceremony at Genghis Square, with Mongolia National Anthem, army parade. The parade goes to the Naadam stadium, more or less 1km from the square, and people follow them. There it begins a beautiful ceremony, with music, dance, band, performing (like a mini-Olympic games opening). In the end, the wrestling competition begins at the stadium, and in a neighboring stadium begins the archery. Horse racing is out of town on a field track, but on the next day.  We watched the archery, since we were not much interested in wrestling. And, if you want to eat or buy souvenirs, this is the place, because there are a lot of tents! But the big business...is the horse racing! Everything is big about it: the field, the tents selling everything you can imagine, the car and bus parking lot, the public! I do not remember any event involving horses so big in Brazil...or the world...There we tried our abilities as archers (I guess with a bit of training I could say: Genghis, I am at your orders!), I bought a mongol whip that maybe bring me luck on my next competitions, and went to the grandstand to see the races. A lot of horses run each race, whose distance may vary from 15km to 30km. But these distances are run at one single loop, not like our endurance races that have two or more loops. The horses looked, as the one from the nomads, very young. The riders, too. As they go to the top of the hill, and come, the trucks of supporters and press follow them, which makes an huge dust cloud arise. They run at top gear, and it was amazing to see the TV car driving along, and trying to film. The result we could check on the TV at our hotel. 

Antes da abertura do festival, é importante explicar o que é Naadam. É um festival nacional que comemora Genghis Khan, mas também a independência da Mongólia da China e da Manchúria. Há competições dos ditos "três esportes masculinos", ou seja: arco e flecha, corrida de cavalos e luta livre. Porém, hoje em dia, mulheres podem competir em todos, exceto na luta. O festival inicia com uma cerimônia na Genghis Square, com o Hino Nacional da Mongólia e uma parada militar, que sai da praça e vai até o estádio do Naadam a cerca de 1km de distância da praça, sendo seguido pelo povo. Lá se inicia outra cerimônia, muito bonita, com música, dança, bandas, performances (como uma mini-abertura de Olimpíada). Ao final, inicia a competição de luta no mesmo estádio, e em um menor, vizinho, inicia o arco e flecha. A corrida de cavalos é fora da cidade e no dia seguinte. Só assistimos ao arco e flecha, pois na luta não nos interessamos muito. Para quem quer comer, ou comprar lembranças, este é o lugar, pois ali no entorno tem um monte de barraquinhas! Mas o grande negócio...é a corrida de cavalo! Tudo ao redor é enorme: o campo, barracas vendendo tudo que se pode imaginar, o estacionamento, o público! Não lembro de ter ido em algum evento equestre no Brasil ou no mundo que fosse dessas proporções...Lá, testamos nossa pontaria no arco (mais um pouco de treino e eu entro para as hordas de Genghis!), comprei um chicote para me dar sorte nas minhas competições, e lá fomos para a arquibancada para ver as corridas. Muitos cavalos correm cada páreo, cuja distância varia de 15 a 30km. Mas estas distâncias são corridas de uma vez só, não como em nosso enduro onde pode ter dois ou mais anéis. Os cavalos não pareciam muito mais velhos do que aquele potrinho dos nômades. Os jóqueis quase só crianças. Junto com eles, enquanto vão e vêm, acompanham várias camionetes, de torcedores e da imprensa, o que faz levantar uma nuvem de poeira impressionante. Correm na velocidade máxima, e foi interessante ver o carro da TV dirigindo ao lado, e tentando filmar, e o resultado desta filmagem, vimos na TV mais tarde no hotel. 
























Tuesday, 8 August 2017

first days in Paradise/ curtindo o Paraíso!

Then... we arrived, on the other day (flight left Frankfurt at 10:40AM, and arrived UB at 06:30AM next day), with a difference of +8h to GMT. At the airport the guide and driver waited for us, and then we loaded the car and hit the road. The Mongolian road...First we passed by the supermarket to buy some groceries, and our guide, Zolboo, announced that we were going to stay with a nomadic family. The supermarket was normal, as any other Western supermarket, but with some local products. We were heading to the Gorkhi-Terelj National Park. At the entrance, we first visited the Manzushir Buddhist Monastery. It will seem that the trip was also a pilgrimage, because every other day, we visited a monastery. Not that I am claiming, because they are beautiful. This monastery is at the top of a mountain, and we need to climb stairs to get there. We did it, even tired as we were from the flight. The view from up there makes up for it. Here some pictures:

Chegamos! Já era outro dia, pois o võo saiu de Frankfurt às10:40AM, e chegou em Ulaan Baatar às 06:30AM do outro! Diferença de +8 horas para Greenwich. No aeroporto, o guia e o motorista nos esperavam, carregamos o carro e caímos na estrada. Não sem antes passar num supermercado. Nosso guia, Zolboo, anunciou que nossa estadia seria com uma família nômade. O  supermercado era normal, como qualquer outro no Ocidente, mas com alguns produtos locais. Nos dirigimos ao Parque Nacional Gorkhi-Terelj. Na entrada, visitamos primeiro o Mosteiro Budista Manzushir. Vocês poderão achar que estávamos em peregrinação, pois visitamos uns quantos mosteiros budistas nesta viagem. Não estou reclamando, pois são muito lindos. Este em particular, no topo de uma montanha, e se precisa subir muitas escadas para chegar lá.  Imagine chegando de um vôo intercontinental! Mas fomos, e a vista e avisita nos recompensaram. Seguem algumas fotos: 









After seeing the monastery, we drove to the heart of the reserve and to the nomads. There we were introduced to our ger, where we would stay for the next two days. Some nomads have extra gers, that they rent to the agencies or people who wish to stay there. The structure is simple: a wooden frame, over which goes a thick felt (generally made of yak wool), and over them, a canvas. Inside our ger there were beds and an oven. Hey...where is bathroom and toilets? The surprise is: there is normally no such thing in a ger. You have to use the nature options...So bring wipes. And for #1 and #2, they have a small wooden house with a hole inside. I decided not to drink much water, or beer, before sleeping. Even in summer, nights can be chilly. 
And, as soon as we got our things into the ger, our guide invited to a horse ride. Even tired, after all what I was there for? I was given a small black mare, but very nice. We rode for the rest of the afternoon. At the beginning of evening, we watched milking the cows, and the kids got out to train a horse for the Naadam. This horse was a small palomino colt, and it looked like if it was not much older than a yearling!! But they rode it for some kilometers, and when they came, a buckskin mare approached, and the colt began suclingk the mare!!! Unbelievable! The guide said they normally use no X-Ray to check bone development, and they start the horses at this age. But they say they do not have much lesions. 
Then we went inside and ate diner, which was the Khorkhog, which is lamb meat, cooked over hot stones. Next morning, we were given tea for breakfast, with a homemade bread and yak butter. After that we went for another ride, this time my husband went with us, and we crossed the Tuul river, which has a wonderful crystal clear water. You can drink it, but to bathe is another thing: the water is ice cold! We had no guts to try it. Next day, we were going to Ulaan Baatar to the opening ceremony of Naadam, so this will be next post! See you then!

Após a visita ao mosteiro, nos dirigimos ao centro da reserva e aos nômades. Lá fomos apresentados a nosso ger, onde ficaríamos por dois dias. Alguns Nômades têm gers extras, que alugam para agências ou pessoas que desejarem ficar neles. A estrutura é simples; uma armação de madeira, sobre a qual vai uma camada grossa de feltro (geralmente feito de pelo de iaque), e sobre eles, uma lona. Dentro do nosso ger havia camas e um fogão Opa! E quanto a chuveiro e banheiro???? A surpresa foi: não tem nada disso num ger. A gente precisa se servir da natureza...então quem vier, traga os lencinhos umedecidos. Quanto ao no. 1 e no. 2, eles têm uma "casinha" de madeira com um buraco dentro (no velho estilo campeiro). Melhor evitar muito líquido antes de dormir, pois, se tiver que ir lá fora, as noites, mesmo no verão, são frias. 
E, tão logo nos instalamos no ger, nosso guia sugeriu uma volta a cavalo. Mesmo cansada, aceitei, afinal, fui lá pra isso, ou não?? Me deram uma eguinha preta, pequena, mas bem rápida. Cavalgamos até o fim da tarde. No início da noita, ainda estava claro, assistimos à ordenha das vacas, e os guris nômades saíram para treinar um potro para o Naadam. Este era um potro baio, pequeno, que parecia não ter mais de sobreano! Mas eles andaram nele por alguns km, e quando voltaram, apareceu uma égua baia (mas esta, cabos-negros), e ele foi mamar na égua!!!! Inacreditável!!! O guia nos disse que normalmente, nem usam raio-X para avaliar o desenvolvimento ósseo, e que iniciam os cavalos com esta idade mesmo; e que ainda assim não tem muitas lesões.
Entramos então para jantar, e o prato era o Khorkhog, carne de cordeiro, cozida sobre pedras quentes. Na manhã seguinte, nosso café da manhã foi chá com pão caseiro e manteiga feita de leite de iaque. Depois, fomos andar a cavalo. Desta vez meu marido foi junto, e cruzamos o rio Tuul, com uma água maravilhosa e transparente. pode-se bebê-la, mas banha já é um pouco demais: é muito gelada!!! Não tive coragem de tentar. No dia seguinte, iríamos para Ulaan Baatar para a abertura do Naadam, portanto o próximo post será sobre isso! Até mais!